jueves, 10 de enero de 2013
A formação contínua de professores
“ A formação contínua de professores – reflexões a partir do Brasil e de Portugal” – uma investigação desenvolvida por Elisabete Andrade, UNIJUI/CAPES
No âmbito do Programa Institucional de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Elisabete Andrade, da Universidade Regiomnal do Noroeste do Rio Grande do Sul/UNIJUI, efectuou um estágio curricular sobre a “Formação Continuada de Professores” no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território/IGOT da Universidade de Lisboa. No passado dia 5 de janeiro, deu uma palestra em que apresentou as suas primeiras reflexões sobre os resultados obtidos.
Segundo Elisabete, no Brasil há uma maior separação entre investigação e docência no ensino básico. Se no Brasil o conceito de formação contínua/formação continuada se encontra ainda pouco clarificado, em Portugal desde 1992 há legislação que regulamenta de forma muito precisa o que se entende por formação contínua, as modalidades de formação, etc. A primeira sensação de Elisabete Andrade foi a de que estava perante um modelo muito rígido, burocratizado, mas em que aparentemente não se levantariam os problemas que se identificam no Brasil. Recorde-se que em Portugal os docentes do ensino não superior têm de realizar, em cada ano, uma formação de 25 horas e que a maioria dos centros de formação pertence a associações de escolas.
Elisabete Andrade efectuou um conjunto alargado e verdadeiramente notável de entrevistas a especialistas de educação, directores de centros de formação, formadores e professores alvo da formação. Elisabete Andrade destacou a facilidade com que foi recebida por figuras de destaque na educação portuguesa e, mesmo internacional. Destas entrevistas e de toda a outra pesquisa que realizou resultou a conclusão de que, em Portugal como no Brasil, há um problema central: a transposição para as práticas escolares da formação continua. O próprio director do organismo que em Portugal superintende a formação contínua de professores reconheceu que não tem uma avaliação dos impactos da formação contínua.
Criticando a “racionalidade instrumental” que preside à formação contínua, nas suas primeiras reflexões defende um “caminho do meio” entre a rigidez do modelo português e o caráter ainda difuso da formação contínua no Brasil. Como foi notado pela própria e pelos participantes na palestra, as condições profissionais dos professores do ensino básico e secundário são muito diferentes nos dois países, o que deve igualmente ser ponderado.
Aguardemos pelos resultados mais definitivos desta interessante investigação de caráter comparativo sobre a formação continua no Brasil e em Portugal, que ajuda a criar um espaço iberoamericano de investigação educativa.
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