viernes, 7 de septiembre de 2012

LIVROS DIDATICOS. MANUALES ESCOLARES

En la sección ARCHIVO DEL FORO presentamos el trabajo de investigación de la profesora de Florianópolis (Brasil), GISÉLE NEVES MACIEL, resultado de un estudio de postgrado en relación con los libros didácticos de Geografía en Brasil. Creemos que el asunto de los manuales escolares es muy importante para la educación. Por ello animamos a todos los lectores y lectoras a colocar su opinión en esta misma sección de NOTICIAS. Más tarde, con las respuestas recibidas se organizará un nuevo foro de debate. Na secção ARQUIVO DO GEOFORO apresentamos o trabalho de investigação da Professora de Florianópolis (Brasil), GISÉLE NEVES MACIEL, que resulta do estudo de pós-graduação sobre os livros didáticos de Geografia no Brasil. Acreditamos que a temática dos manuais escolares é muito importante na educação. Por isso, estimulamso todos os leitores e leitoras a colocarem a sua opinião nesta mesma secção de NOTÍCIAS. A partir das respostas recebidas, será organizado um novo foro de debate.

7 comentarios:

  1. O artigo de Gisele Nevs mostra empíricamente algo que sospeitabamos: a cultura hexemónica difúndese a través dos manuais escolares. Isto é obvio dado que os livros didaticos som produtos de empresas, polo que o que interesa é reproducir o orde actual. Por iso reproducen uma cultura pechada para crear
    a)actitudes ante o conhecimento: reproducir e non crear, repetir, asumir as verdades sen criticar
    b)o pouco rigor da cultura editorial, tambem visible na internet e nos medios de comunicación de masas. Os exemplos que coloca sobre lugares de Brasil son evidentes.
    c)a ausencia de criterios para entender os problemas do mundo presente
    Ante isto tampouco podemos negar a importancia que ten o manual escolar como reforzo para trabalhar na aula. Pero necesitamos novos livros con mais rigor e máis novedosos na metodoloxía didáctica.
    En Espanha suceden cousas semelhantes, pero isto deixoo para outro comentário, onde ofreceré exemplos concretos.
    Escribin en galego coa esperanza de que me entendan melhor desde a cultura portuguesa e espanhola do Geoforo
    Un saudo
    Xosé M

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  2. Parabenizo a Gisele pela vontade de estudar no campo da manualística, no qual permite conhecer a história escolar da Geografia e entender grande parte da Geografia Escolar na atualidade. O texto tem um solo teórico que auxilia a estabelecer reflexões pertinentes sobre questões que envolvem o Programa Nacional do Livro Didático, desde informações de dados que servem tanta para tomar conhecimento como atualização. Minhas colocações aqui tentam acompanhar o desenho do seu texto:
    1. Mostra o continuísmo da indústria do livro didático, agora mais direcionada para os livros do Ensino Médio, devido sua entrada no PNLDem (2008), não pelo sentido de aumento quantitativo de exemplares, mas de oferta de novos títulos. Tal fato é gerado pela “ação entre amigos” entre editora e governo. Isto permite sérias implicações para o ensino da Geografia, principalmente, no Brasil por estas editoras terem políticas neoliberais. Leia-se autores estrangeiros escrevendo livros didáticos sobre o Brasil, sobre nosso cotidiano. E mais, livros didáticos sem autoria. Tudo isto já esta acontecendo. Voltamos aos ´seculo XVI com os livros de viagens - panorâmicos e cheios de erros - É o Eldorado semidescoberto!
    2. Os equívocos encontrados por Gisele nas análises dos livros em seu estudo evidenciam: a escolha dos membros para compor a equipe de parecerista para avaliar o livro didático tem critérios mais políticos do que técnicos; a necessidade de mais autores de livros didáticos que atuem no campo da Geografia Escolar. E mais, a autora também mostra quanto é nebuloso a avaliação, ao afirmar a inexistência de certa flexibilidade para avaliação já que a ficha de avaliação é fechada. Com isto cria-se um paradoxo: se o critério da ficha não permite a aprovação como o livro está aprovado? E o professor lá do outro lado do Brasil percebe o equivoco?
    3. As reflexões finais do artigo apontam para certa padronização dos livros. Isto demonstra que os livros tem um receituário a ser seguida para sua elaboração, além do edital do MEC. A mudança vem pelo colorido das capas, plasticidade dos títulos e desing de suas páginas. Isto torna fácil sua escolha – é o que mais chama a atenção do olhar! Tal fato é uma vontade política do governo ao enviar o guia do livro didático nos últimos dias para sua escolha. E também das editoras e autores ao elaborar um texto que atenda mais os critérios do PNLD e PNLDem (por ser o sonho de consumo ter seu livros aprovados) e nem tanto a realidade dos alunos e da Geografia Escolar.
    4. Enfim, as reflexões apontadas no texto da Gisele permite ficar a conversar dias e dias tamanha instigações que nos leva!
    abraços
    Ivaine Maria Tonini

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  3. Olá Colegas do Geoforo.
    Agradeço muito as considerações dos professores Xosé e Ivaine sobre o texto. Gostaria de acrescentar que tanto o PNLD quanto o PNLDem carecem de estudo e debate. Se considerarmos que esta pesquisa é um recorte sobre um tema da Geografia e que existem outras disciplinas com erros e inadequações nos conteúdos de seus livros didáticos, perceberemos que há muito a investigar. É preciso cobrar dos autores dos livros didáticos a correções de seus livros e do MEC e das equipes de avaliação, o cumprimento dos critérios de eliminação dos livros. O PNLD tem um papel muito importante na distribuição de materiais escolares, precisa desenvolver eficiência real quanto a qualidade dos conteúdos dos livros. Que divulguemos o tema entre os professores de todos os níveis escolares e entre os alunos de diferentes cursos de graduação, em especial aqueles das licenciaturas. Sigamos pesquisando e debatendo.
    Giséle Neves Maciel

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  4. Concordo que o PNLD apresenta problemas e contradições diretamente relacionas ao momento histórico e econômico no qual vivemos, o neoliberalismo. Entretanto, o combate às mazelas, o aperfeiçoamento do PNLD, exige analise, entendimento e compreensão, do processo histórico, em especial a longa duração que aponta para mazelas ainda maiores, que existiam antes do PNLD. Quero dizer que para extinguirmos os problemas do PNLD é necessário entender que não podemos abrir mão dos avanços que, infelizmente foram acompanhados pelos graves problemas apontados. Um paradoxo próprio dos processos políticos e históricos.
    Sobre o que chamo de mazelas, acrescentar uma contradição que existe no âmbito do Ensino de História no Brasil, que corrobora com os apontamentos de Maciel e Souto. De um lado é preconizada pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (entre outros documentos) que um dos principais objetivos do Ensino de História no Brasil é a formação cidadã, e que para alcançar tal objetivo é recomendável valorizar o que está próximo do aluno, o seu cotidiano. A contradição fica por conta de que, por outro lado, os livros didáticos, manuais e outros materiais escolares, não valorizam categorias teóricas como o cotidiano e a localidade, ou seja, aquilo que é vivenciado pelo aluno do Ensino Básico.
    Um exemplo disso é o tema “Coronelismo”, consagrado na historiografia brasileira, bem como, no Ensino de História do Brasil (período histórico conhecido com República Velha). Algumas marcas evidentes do fazer político conhecido como “Coronelismo” são a descentralização do poder, e o mandonismo protagonizado pelas Oligarquias locais. Cada região com seu grupo oligárquico tinha suas peculiaridades, sua forma específica de exercer o poder.
    Há matizes que são chave para compreendermos as relações de poder de um Brasil que estava construindo uma República (jovem e frágil) na qual o poder para comandar e organizar o País, estava fragmentado, e parcialmente submetido às oligarquias locais e/ou regionais, representadas pelos “Coronéis”. Ainda teríamos que considerar o processo de construção da identidade nacional, algo que na época era incipiente, mas não quero me alongar ainda mais.
    Finalizo afirmando que, os livros e demais materiais didáticos, utilizados no Ensino de História do Brasil, ao tratarem do tema “Coronelismo”, o fazem desconsiderando a complexa e heterogênea rede de poder daquele período chamado de República Velha. Abordam o tema sem apontar as diferenças regionais ou locais, como se o “Coronelismo” fosse uniforme, uma prática política ocorrida em um Brasil homogêneo. Uma evidente desvalorização da localidade e do cotidiano, categorias teóricas da geografia e da história respectivamente, que segundo os documentos oficiais que pautam o Ensino de História são fundamentais para a formação cidadã. Uma contradição advinda da lógica mercadológica (como aponta Maciel), que leva a produção de materiais em larga escala, pensados para serem vendidos em todo o Brasil, ignorando as nuances regionais, como se elas não fossem pertinentes para a construção do conhecimento histórico e geográfico, e para a formação cidadã.

    José Faustino de Almeida Santos
    Mestrando em Educação - FFCLRP / USP / BRASIL
    Membro do Grupo ELO / LAIFE / FFCLRP / USP
    Prof. Educação Básica do Estado de São Paulo.

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  5. Buenas tardes, somos Esther, Laura y Montse, estudiantes del 4º curso de Grado de Maestro en educación Primaria en la Universidad de Valencia. En la asignatura de didáctica en Ciencias Sociales, hemos analizado algunos de los libros de texto que se publican en España y, además, hemos aprendido el concepto de cultura hegemónica gracias al maestro Xosé Manuel Souto.

    Hemos decidido leer este documento para ampliar nuestro conocimiento acerca del análisis de los manuales escolares y poderlo contrastar con lo que ocurre en otro país distinto al nuestro. Tras la lectura de este, hemos extraído una serie de conclusiones que nos gustaría compartir en este foro.

    En primer lugar, la idea que más nos ha impactado es que, a pesar de que los libros de texto se sometan a varios procesos de evaluación, siguen teniendo errores una vez publicados. Estos hacen referencia tanto a fallos más simples, como la publicación errónea de imágenes, como a fallos más importantes en conceptos académicos e históricos que van a interiorizar los alumnos. Esta situación se agrava más cuando son los propios maestros los que no analizan de manera crítica esta serie de materiales, transmitiendo los conocimientos tal cual están escritos en los libros de texto y demuestran que no tienen claras las ideas referidas a la hegemonía cultural y la epistemología, convirtiéndose de esta manera en títeres de las editoriales.

    Nos gustaría añadir, partiendo de nuestra experiencia, que aquí en España, los libros de texto también están formados a partir de la ideología de unos pocos, es decir, de las personas en las que se concentra el poder. Después de analizar, en el aula, varios libros de texto, hemos llegado a la conclusión de que editoriales, como Santillana, reproducen los conocimientos que les interesa, sin poder apreciar cuáles son los problemas que existen en nuestra sociedad. Un claro ejemplo lo podemos encontrar en el tema de la población, en el cual solo se muestran las tradiciones, las fiestas, la gastronomía, pero se dejan de lado cuestiones tan importantes y presentes como la cantidad de parados, que hay en la actualidad, y el aumento de pobreza, debidas a la gran crisis económica que España está viviendo en estos momentos.

    También nos gustaría comentar que, con la lectura de este articulo, nos ha impactado el hecho de que el gobierno de Brasil distribuya los libros de texto a los niños y niñas de manera gratuita. Pero también consideramos que esto no sirve de nada si los libros de texto no son analizados de manera crítica y correcta.

    Para finalizar, queremos remarcar que estamos de acuerdo con la idea que transmite el artículo sobre la importancia de que la responsabilidad no solo recaiga en los autores de los libros de texto sino también en toda la comunidad educativa. Si queremos que un cambio sea factible, debería implicarse tanto la sociedad, como también los editores, los maestros y las instituciones. Y nunca dejar de lado la función que debe realizar un maestro, el cual siempre ha de hacerlo desde la idea de que las Ciencias Sociales plantean muchos problemas vigentes y presentes en la vida de los alumnos y de que estos últimos han de saber razonar y reflexionar sobre ellos.

    Ha sido un placer compartir con ustedes nuestra visión sobre este tema tan importante en el ámbito, en el que todos nosotros nos movemos, la educación.

    Un saludo
    Esther Boix Morote
    Montse Cabrera Peiró
    Laura Simón Marín
    Universidad de Valencia, España

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  6. Três grandes permanências vêm se consolidando entre os livros didáticos de Geografia, aprovados no PNLD; livros com erros e inadequações conceituais; a presença de autores bastante conhecidos do público escolar que continuam assinando as obras e a permanência das grandes editoras que detém a maioria das coleções vendidas ao programa. Muitos pesquisadores já apontaram para a oligopolização das vendas. Em 2011, 83% do valor dessas estão concentradas nas mãos de quatro grandes grupos editorias. Além disso, há ainda uma forte centralização de capital que não é observada à primeira vista devido à manutenção dos nomes conhecidos das editoras.
    Entre as questões fundamentais sobre o conjunto do programa, levantadas no texto publicado no Geoforo e que precisam ser discutidas, estão: Qual a real qualidade dos livros didáticos de Geografia comprados pelo PNLD? Como é a relação entre autores e editoras? Quais as dificuldades dos pareceristas em excluir os livros que contem erros ou inadequações conceituais? Quais são as estratégias das editoras para manterem suas coleções entre as mais escolhidas pelos professores? Faz-se urgente pesquisar e debater.

    Giséle Neves Maciel
    Doutoranda em Geografia
    Universidade Federal de
    Santa Catarina Fpolis/BR

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  7. Soy María Dolores Gimeno David, una estudiante de 4º curso de Magisterio de la Universidad de Valencia. Ante todo, darle la enhorabuena por este trabajo, me parece que es un estudio muy interesante, plenamente actual y muy necesario en la época que vivimos, donde los intereses económicos y comerciales están en primera línea y todo lo demás queda relegado a un segundo plano.
    Solo quería hacer un comentario a propósito del artículo, fruto de la reflexión personal y de los debates y comentarios realizados en el marco de las clases de Didáctica de las Ciencias Sociales con el profesor Souto. Cierto es que los libros de texto ofrecen muchas lagunas y errores que son graves, pero todo ello deja aún en más evidencia la importancia de estar preparado como profesor. Por mucho material impreso que se publique, nunca se podrá prescindir de la figura del profesor, como organizador, secuenciador y seleccionador de los conocimientos a transmitir, además de orientador de las tareas que realiza el alumno en su aprendizaje. Creo que el profesorado debería saber impulsar las ganas de aprender del alumno seleccionando buenos materiales, organizando tareas de aprendizaje y sabiendo secuenciar las actividades para que las opiniones vulgares se puedan transformar en argumentos escolares.
    En clase también hemos reflexionado alrededor de los distintos modelos didácticos que impulsan la realización de cada libro de texto y nos hemos dado cuenta de lo ambiguo de muchos manuales y lo decisiva que puede ser la interpretación del profesor, su intención y el uso que haga de ellos.
    Es fantástico poder reflexionar de estos y otros temas sobre la didáctica de las ciencias sociales y ver que en otros países pueden surgir las mismas preguntas o incluso aparecer las respuestas. Gracias.
    MªD.D.Gimeno David

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