As Universidades Estaduais Paulistas (Unesp, USP e
Unicamp) estão há mais de 60 dias em greve. A greve é legítima e mobiliza os
três segmentos das Universidades. Docentes, funcionários e alunos, participam
do movimento unificado em defesa da universidade pública, gratuita, democrática
e de qualidade, direito de todos os brasileiros.
A legislação brasileira prevê a autonomia das
Universidades, o que significa que o embate político é diretamente entre três
os segmentos e os reitores das mesmas. A pauta de reivindicações do movimento é
pela melhoria nas condições de trabalho docente, permanência estudantil e
reajuste salarial. As administrações das universidades alegam não ter
disponibilidade de recursos e congelaram os salários dos professores e
funcionários.
O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais
Paulistas (CRUESP) realizou algumas reuniões, mas até agora não houve avanço
nas propostas apresentadas. O dissídio anual é realizado no mês de maio. Este
ano, a proposta do CRUESP foi de “reajuste zero”, o que deflagrou a greve. Isoladamente,
o reitor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) ofereceu abono salarial
aos docentes, que aceitaram e retornaram às atividades regulares esta semana.
Na USP e Unesp o cenário é mais caótico, tendo em vista que os gestores
(reitores) continuam a afirmar indisponibilidade orçamentária para propor
reajustes . Ao mesmo tempo, exigem a intensificação do trabalho docente, por
meio da criação de planilhas de controle da produção acadêmica dos docentes.
Diante disso, consideramos oportuno divulgar neste
espaço do Geoforo as condições vividas pelas Universidades públicas no Brasil e
buscar o apoio ao movimento. Há mobilizações e greves em outros estados do
país, o que revela que a luta em defesa da Universidade Pública, gratuita e
democrática não é uma ação isolada no estado de São Paulo.
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